Um estudo realizado pela CB Insights analisou 101 falências e apontou as 10 principais causas de fracassos de pequenas empresas.
Fonte: Forbes Brasil.
A maioria dos negócios nasce da habilidade prática de resolver um problema, ou atender necessidades do cliente. O candidato a empreendedor, vislumbra várias pessoas com carinhas felizes (emotions), entrando e saindo do seu estabelecimento trocando dinheiro por suas soluções.
Do sonho à realidade, o caminho é árduo e pode demorar muito mais que se imagina.
Neste momento quero citar apenas as duas primeiras causas de fracasso de pequenas empresas no Brasil. Segundo um estudo realizado pela CB Insights, analisou 101 falências e apontou as 10 principais causas de fracasos de pequenas empresas. Para quem se interessar pelas demais, deixo a fonte: Forbes Brasil. (https://forbes.com.br/negocios/2019/05/10-principais-causas-de-fracasso-de-pequenas-empresas/#foto1).
A primeiríssima causa para o fracasso das empresas está em não satisfazer as necessidades do mercado. E como é comum isso. Uma ideia de negócio, muitas vezes, tem o princípio básico uma paixão do empreendedor. Exemplo? A mulher que ama bolsas de couro de crocodilo, imaginando que todas as outras terão o mesmo gosto. Compartilho também o caso de um empresário do setor da reparação automotiva que quis investir alto num equipamento para testes de motores, que ninguém tinha no mercado local, sem levar em consideração se o mercado realmente queria testar os motores e/ou pagar por este serviço. Antes de qualquer investimento, analise o mercado. Pergunte pessoalmente a possíveis clientes se estariam dispostos a pagar pelo seu produto/serviço, e quanto ($$$$).
Quero dar mais ênfase na segunda maior causa, pois a vejo com maior preocupação. Pois mesmo tendo um produto desejado pelo mercado, com capacidades de gerar ótima lucratividade, a falta de planejamento financeiro, para os primeiros anos do negócio, pode ser fatal.
Geralmente, nos anos iniciais, é quando temos que dar continuidade nos investimentos de estruturação, acompanhando o crescimento da demanda. Quando o empresário não tem essa consciência e toma da empresa “por direito” seus lucros, acaba sem perceber, criando um corte profundo, alcalçando as artérias da empresa. A falta do dinheiro implica na captação dos recursos em bancos ou na antecipação de todos os recebíveis, na maioria destes casos de fracasso.
Costumo citar em treinamentos que o sapo morre cozido na panela sem tampa mesmo sabendo pular, por não perceber a água esquentando, devido sua capacidade de se ambientelizar à mudança de temperatura (procure no Google: O sapo e a panela). Assim é o candidato à empreendedor que vai recorrendo a bancos, factoring e agiotas constantemente. Em alguns casos, o lucro operacional até existe, mas pela falta de capacidade de enxergar os números, reinveste de forma errada no estoque, faz retiradas ou desvios para questões pessoais, e consequentemente continua de forma desenfreada a pagar juros, até que “o rabo começa correr atrás do cachorro“.
A recomendação para este caso é a análise sobre a Necessidade do Capital de Giro (NCG).
Marcos Brita.